I SIMPÓSIO DE ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL - REGIONAL SUL1
SÁBADO (29/09/12)
No período da tarde, a segunda conferência foi proferida por Dom Leonardo Ulrich Steiner – Secretario Geral da CNBB com o tema: “Contemplar a Palavra que dá sentido a vida dos discípulos missionários de Jesus Cristo”.
ABERTURA - SEXTA-FEIRA (28/09/12)
SÁBADO (29/09/12)
Está acontecendo na Casa de Formação Santa Fé-Anhanguera-SP, o 1º Simpósio da
Animação Bíblica da Pastoral Sul1-CNBB, destinado aos catequistas,
seminaristas, sacerdotes, religiosos e
agentes de pastorais. Na parte da manhã, a primeira conferência foi assessorada por Padre Boris Agustin Nef
Ulloa, com o tema: "O conhecimento da Palavra de Deus para a animação
Bíblica da Pastoral", tendo como referência o documento PONTIFÍCIA
Comissão Bíblica. Povo Judeu e suas Sagradas Escrituras na Bíblia Cristã.
No período da tarde, a segunda conferência foi proferida por Dom Leonardo Ulrich Steiner – Secretario Geral da CNBB com o tema: “Contemplar a Palavra que dá sentido a vida dos discípulos missionários de Jesus Cristo”.
ABERTURA - SEXTA-FEIRA (28/09/12)
Teve início na noite de ontem no
Regional Sul 1 - São Paulo o 1º Simpósio de Animação Bíblica da Pastoral. Veja
na integra a saudação de Dom Vilson.
Quero saudar a todos os irmãos e
irmãs, presbíteros, religiosas/os, diáconos, leigos/as, seminaristas,
assessores/as vindos a este Simpósio de Animação Bíblica da Pastoral,
organizado e articulado pela Comissão de Bíblia e Catequese do nosso querido
Regional Sul 1 da CNBB, de 28 a 30 de setembro de 2012, na grande metrópole de
São Paulo.
Em nosso Brasil, com grande
criatividade, multiplicaram-se experiências de serviço missionário sustentadas
pela Palavra. Muitas comunidades conservaram-se vivas e dinâmicas alimentadas
somente pela Palavra. O Espírito Santo sustentou toda esta vitalidade. O que se
propõe a seguir são linhas de ação orientadas a um novo passo: a animação
bíblica de toda a pastoral.
Primeiramente é preciso
reconhecer que os interlocutores da ação pastoral são sujeitos e não somente
destinatários. De fato, não recebem a Palavra para guardá-la para si mesmos,
mas para anunciá-la (cf. Is 50,4). Como recorda o Senhor: “O que vos digo na
escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o
sobre os telhados” (Mt 10,27). Sendo assim, interlocutores da animação bíblica
da pastoral são todos os membros do Povo de Deus: os leigos, enquanto presença
da Palavra de Deus em forma de “fermento na massa”; os consagrados enquanto presença
da Palavra de Deus na vivência dos conselhos evangélicos; os ministros
ordenados enquanto presença da Palavra de Deus no exercício do tríplice múnus
de ensinar, santificar e governar. Todos os membros do Povo de Deus, no
entanto, são chamados a dar testemunho de acolhida e vivência da Palavra.
Para acontecer uma animação
bíblica da pastoral indicamos que se crie alguns espaços importantes tais como:
Comissões, com uma organização funcional, que ofereçam uma rede de serviços e
ajudas práticas, facilitando a efetiva animação bíblica da pastoral; Equipes de
assessoria da animação bíblica da pastoral; e Formação bíblica permanente (no
tempo), sistemática (no currículo) e profunda (nos conteúdos) para assessores e
multiplicadores da animação bíblica da pastoral.
No Eixo da Formação: a animação bíblica da
pastoral, enquanto Caminho de Conhecimento e Interpretação da Palavra, encontra
na catequese seu espaço vivencial, pois “a atividade catequética implica sempre
abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas
palavras sejam sentidas vivas, como Cristo está vivo hoje, onde duas ou três
pessoas se reúnem em seu nome (cf. Mt 18,20). A catequese deve comunicar com
vitalidade a História da Salvação e os conteúdos da fé da Igreja, para que cada
fiel reconheça que sua vida pessoal pertence àquela história”.[1]
No Eixo da oração: A animação bíblica da
pastoral, enquanto Caminho de Oração com a Palavra e Comunhão, encontra na
liturgia seu lugar privilegiado, em que Deus continua hoje a se comunicar com
seu povo que escuta e responde. Cada ação litúrgica, por sua própria natureza,
está impregnada da Sagrada Escritura. Nela “a Palavra de Deus é celebrada como
palavra atual e viva”.[2]
No eixo do anúncio: A animação bíblica da
pastoral, enquanto Caminho de Evangelização e Proclamação da Palavra, nos
impulsiona à caridade (cf. 2 Cor 5,14). “A missão da Igreja não pode ser
considerada como realidade facultativa ou suplementar da vida eclesial. (...) É
a própria Palavra que nos impele para os irmãos: é a Palavra que ilumina,
purifica, converte; nós somos apenas servidores. Por isso, é necessário
descobrir cada vez mais a urgência e a beleza de anunciar a Palavra para a
vinda do Reino de Deus. (...) Não se trata de anunciar uma palavra anestesiante,
mas desinstaladora que chama à conversão, que torna acessível o encontro com
Ele, através do qual floresce uma humanidade nova”.[3]
No início deste nosso Simpósio
recordaria que o Sínodo sobre a Palavra e a Verbum Domini constituem um novo
Pentecostes para a Igreja. Que assim aconteça, também, com a acolhida e a
prática deste Documento. Nossos bispos nos exortam para que estas linhas de
ação influam eficazmente na vida e na missão da Igreja, particularmente na
Catequese, na Liturgia e no Testemunho da caridade, contribuindo, assim, para a
vivência profunda da Fé, pois sabemos que a “Igreja funda-se sobre a Palavra de
Deus, nasce e vive dela”.[4]
Somos, na verdade, consagrados e
enviados para anunciar a todos a Palavra que é Cristo. Tendo-a escutado, respondamos
“com a obediência da fé” (cf. Rm 1,5; 16,26) e “o ouvido do coração”,[5] a fim
de que as nossas palavras, opções e atitudes “sejam cada vez mais uma
transparência, um anúncio e um testemunho do Evangelho”,[6] e vivamos por Ele
(cf. 1Jo 4,9).
Temos uma Boa Nova para anunciar
ao mundo de hoje: a Palavra de Deus, Jesus Cristo, que está presente entre nós.
Ele é mensagem de salvação e de vida. Com São Paulo, não queremos saber nem
pregar outra coisa, a não ser Jesus Cristo, para nós sabedoria e poder de Deus
(cf. 1Cor 2,2).
Que a intercessão de Maria,
modelo de quem viveu a plena obediência da fé e escutou com o ouvido do
coração. Ela é o ícone perfeito da fé bíblica, da escuta e do acolhimento
generoso e disponível à vontade do Senhor. “A sua fé obediente face à
iniciativa de Deus plasma cada instante da sua vida. Virgem à escuta, vive em
plena sintonia com a Palavra divina”.[7] Ela teve a vida totalmente modelada
pela Palavra.
Que este 1º. Simpósio de animação
Bíblica da Pastoral, que declaro aberto nesta noite do dia 28 de setembro de
2012, traga a todos nós, participantes deste evento, luzes de Deus, no sentido
de abraçarmos ainda mais a Palavra de Deus em nossa vida e em nossas
comunidades espalhadas em nossas dioceses e em nosso Regional. Bom Simpósio e
felicidades a todos e todas.
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Referencial da Comissão
para a Animação Bíblico-Catequética – CNBB/Sul 1
[1] VD 74.
[2] VD 52.
[3] VD 93 (cf. 90-98).
[4] Cf. VD 3.
[5] RB Prólogo,1.
[6] Cf. PDV 26.
[7] VD 27.
Fonte: Regional Sul 1:
http://catequeseregsul1.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário