A PESSOA DO CATEQUISTA E O ANO DA FÉ
17 DE FEVEREIRO - PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
No último sábado, das 08h às 12h, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em São José do Rio Preto, cerca de 700 catequistas estiveram reunidos para celebração de Abertura Diocesana do Ano Catequético de 2013. A manhã de celebração e envio, foi marcada por um momento de profissão de fé e compromisso, conduzidos pela Ir Rosângela, nossa coordenadora diocesana, pelo seminarista Roberto Bocalete e a Equipe Diocesana da Pastoral Bíblico-Catequética, e pela Celebração Eucarística com o rito de envio, presidida por nosso bispo Dom Tomé.
O tema escolhido para abertura do ano catequético, em consonância com o que nossa Igreja tem refletido, foi A pessoa do catequista e o Ano da Fé, momento que teve como pano de fundo a continuidade do tema
proposto no Dia Nacional do(a) Catequista de 2012 (A vocação do Catequista).
Assim, tivemos uma manhã marcada pela celebração da Profissão da fé, recordando
a pessoa do catequista e sua relação com Deus, o oleiro, que nos cria, recria,
anima e une, como também momentos de compromisso com projeto do Reino de Deus,
que nos enviou a educar para uma fé madura, engajada e missionária.
Vivenciamos o CREIO EM DEUS PAI a partir da leitura de Gn 2,4b-7. Destacamos a dimensão da criação, em que cada catequista se colocou na presença do Pai como barro em suas mãos, confiando ao criador, aquele
que dá forma, o seu ministério. Acendemos nossas velas, professamos a fé convictos de que crer é dar o coração a Deus, é
sair de si mesmo e se entregar plenamente ao projeto do Pai e nos comprometemos a evangelizar para que o tal projeto seja conhecido por todos!
O CREIO DE JESUS CRISTO foi aprofundando a partir do evangelho de João 9,1-15, destacando a pessoa de Jesus como recriador, aquele que dá sentido a criação, conduz o homem ao útero de Deus: recria o homem levando-o a experiência de conhecer o Pai como Deus bondade. Os catequistas mais uma vez professaram a fé, assumindo Jesus como centro da catequese; comprometeram-se em crescer na fé, aprofundando o conhecimento da vida e dos mistérios de Jesus, buscando sempre a experiência pessoal com o Mestre para formar discípulo. Renovamos nosso compromisso batismal, vivenciando a alegria da regeneração na água da vida, celebrando a dimensão curativa da água, que em contato com a terra, vira barro e nos devolve para o útero de Deus. Com a aspersão, assumimos o compromisso de evangelizar, formar discípulos, propor a fé, anunciar o Evangelho, renovar nossa vocação de povo de Deus.
O momento do CREIO NO ESPÍRITO SANTO foi aprofundando a partir do texto de Leitura de Isaias 42,5-9. O Espírito é o sopro da vida, pairava sobre as águas na criação para dar ao
homem o respiro, a força, o ânimo, a santidade. O Pai sopra o Espírito sobre a
narina do homem; o Filho envia o Paráclito para estar com seu povo. Assim, professamos a nossa fé no ESPÍRITO SANTO, Senhor e fonte de vida, dado a nós para
nos animar, santificar e sermos plenos de Deus como aos apóstolos no dia de
Pentecostes. Fizemos o compromisso de dar sabor à realidade, sendo sinais de fortaleza, colocando a ciência, o entendimento e o conselho a serviço dos que mais necessitam, e
ainda testemunhando aos outros uma vida de piedade, respeitando e amando a Deus.
O Espírito nos envia em missão, animando o projeto de
Deus. A fé nos oferece uma lente que permite perceber a realidade com o coração
de Deus. Por isto, o cristão não é indiferente aos assuntos do mundo: está no
mundo para ser luz, é enviado a iluminar as trevas com a luz de Cristo. “Ide e
fazei que todas as nações se tornem meus discípulos”, esse é o pedido de Jesus. Com a unção, nossa resposta, como catequistas, foi: Eis-me aqui! Envia-me Senhor!
O CREIO NA IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA, foi refletido a partir do texto de Paulo aos Efésios 2,19-22, destacando a Igreja como local em que o barro (criaturas) se santifica, é
edifício construído para unir (unido pelo barro), ser sinal da graça e da
presença da Trindade., Professamos nossa fé na Igreja é germe e o começo do Reino de Deus, assembleia do
povo eleito, pertencente ao Senhor; nos comprometemos em ser sinais de comunhão e participação. Com o refrão, Que sejam um, é o que eu quero mais, unimos nossas mãos e nossos corações no projeto de unidade e cuidado em formar discípulos para a comunidade.
A Celebração Eucarística, momento em que nosso bispo conheceu parte dos catequistas de nossa diocese, foi profundamente marcada pela homilia em que Dom Tomé destacou o papel dos catequistas neste Ano da Fé, motivando e convidando-os ao ministério da Catequese com zelo e empenho.
Os Catequistas professaram a fé de maneira solene, com o braço direito levantado; alimentaram-se da mesa da Palavra e da Eucaristia e fizeram comunhão, vivendo com profundidade o momento da Missa.
O Envio, marcado por elementos simbólicos, foi a resposta dos catequistas ao chamado para o ministério da Catequese. Ir Rosângela dirigiu as seguintes palavras: No início de mais um ano catequético, aqui
nos reunimos, no amor de Cristo, que nos chama e envia. Tantas vezes sentimos
que somos e é verdade – apenas servos inúteis. E não obstante
isto, o Senhor chama-nos de amigos e nos confia para a missão de educadores da
fé na sua Igreja. No rito, foi acolhido o Catecismo da Igreja católica, o crucifixo, o Círio Pascal e a Bíblia.
Apresentamo-nos com o Catecismo da Igreja
Católica, compêndio da sabedoria. É um instrumento que nos ajuda a ordenar a
compreensão da fé, segundo a Igreja, para vencer o relativismo, que é hoje um
dos maiores obstáculos à obra educativa da fé.
Apresentamo-nos com o Crucifixo: queremos dar
sinal dAquele que
anunciamos - Cristo Crucificado -
escândalo para uns,
e loucura para
outros. Mas para nós, cristãos, a palavra da Cruz é Sabedoria de
Deus.
Apresentamo-nos com a chama do círio pascal:
expressão da Verdade, que resplandece nas obscuridades da história e nos indica
quem somos, de onde viemos e para onde devemos ir.
Apresentamo-nos com a Bíblia, fonte da
Catequese. Pois a verdadeira testemunha
nunca se propõe a si mesma como ponto de referência, mas propõe Alguém maior do
que ela, o Deus vivo
que encontrou, e de
quem experimentou a
bondade confiante. O nosso modelo insuperável é Jesus Cristo, a grande
testemunha do Pai. Ele nada dizia de si mesmo, mas falava como o Pai lhe tinha
ensinado (cf. Jo. 8, 28).
Dom Tomé enviou os catequistas em missão com as seguintes palavras:
Confirmai, Senhor, com a vossa bênção paterna a decisão
destes vossos filhos e filhas catequistas, que desejam dedicar-se com todas as
suas forças ao ministério da Palavra, no âmbito da Catequese:
Que eles creiam, de coração, no que ensinam;
Ensinem, de verdade, o que creem;
E vivam corajosamente o que ensinam.
Assim eles se tornem discípulos diletos,
De Jesus Cristo, nosso Mestre,
Que é Deus convosco na Unidade do Espírito Santo.
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