segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CONGRESSO INTERNACIONAL DE CATEQUESE

Roma, 26 de Setembro de 2013

Hoje teve início o Congresso Internacional de Catequese na cidade do Vaticano, com o tema: O Catequista, Testemunha da Fé, com a participação de 51 países dos cinco continentes. Ainda não temos preciso o número de brasileiros, mas acreditamos que chega a uma  média de 40 pessoas entre bispos, padres, religiosas e catequistas. A abertura do congresso foi presidida pelo Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Octavio Ruiz Arenas. Foram lembrados os 50 anos do Concílio Vaticano II e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica.

A Igreja transmite uma fé viva e teve a sua maturação e crescimento através da catequese, e por isso reconhece que os catequistas são testemunhas vivas desta fé. A catequese é uma escola da fé, e no encontro pessoal com Jesus Cristo os catequistas entendem que são chamados a evangelizar pela Igreja e devem comunicar com fidelidade a vida e a doutrina de Jesus. E esta evangelização não pode ser isolada, devemos ter ousadia com humildade. Como afirma o Papa emérito Bento XVI: “o coração da pessoa precisa ser aberto para a experiência com Deus, a Evangelização precisa chegar ao coração de cada pessoa. É pelo coração que o Espírito chega ao mundo.” Os frutos da obra da  catequese, são obras do Espírito. É o Espírito que educa na fé. A fé não se adquire apenas pela comunicação dos catequistas, mas sim pela sua espiritualidade e comunhão eclesial. A catequese é um testemunho que nos leva à santidade. É necessária uma formação permanente para os catequistas precisamos  construir Centros de Formação para que os catequistas aprofundem a fé, a fim de que todos possam aprender sobre Jesus Cristo. Foi apresentado um filme sobre o CREDO.


A introdução ao Congresso foi feita pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella com o tema:  A catequese no contexto da nova evangelização. Na exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi no número 44 afirma que uma via que não há de ser descuidada na evangelização é a do ensino catequético. A inteligência nomeadamente a inteligência das crianças e a dos adolescentes, tem necessidade de aprender, mediante um sistemático ensino religioso, os dados fundamentais, o conteúdo vivo da verdade que Deus nos quis transmitir, e que a Igreja procurou exprimir de maneira cada vez mais rica, no decurso da sua história. Depois, que um semelhante ensino deva ser ministrado para educar hábitos de vida religiosa e não para permanecer apenas intelectual, ninguém o negará. E fora de dúvida que o esforço de evangelização poderá tirar um grande proveito deste meio do ensino catequético, feito na igreja, ou nas escolas onde isso é possível, e sempre nos lares cristãos; isso, porém, se os catequistas dispuserem de textos apropriados e atualizados com prudência e com competência, sob a autoridade dos Bispos. Os métodos, obviamente, hão de ser adaptados à idade, à cultura e à capacidade das pessoas, procurando sempre fazer com que elas retenham na memória, na inteligência e no coração, aquelas verdades essenciais que deverão depois impregnar toda a sua vida.

É preciso responder não o quando Evangelizar, mas como evangelizar. O anúncio é primordial para a Evangelização. Paulo VI aponta a famosa expressão do homem contemporâneo, sobre o horizonte da nova cultura, onde a cultura da imagem não pode predominar sobre a cultura da palavra, a partir desta realidade é preciso recuperar o valor da homília, pois a catequese está inserida no mundo, na liturgia, palavra de Deus que é anunciada. A Igreja tem como primeira missão a evangelização. A catequese não deve subestimar a força do anúncio. A catequese supõe a evangelização, a Igreja sempre evangelizou, sem evangelização não há Igreja, a sua natureza é Evangelizar.

A partir das atuais necessidades a Igreja é chamada a evangelizar em várias realidades e contextos diferentes, levando em conta: a rapidez das informações, o domínio da técnica, o analfabetismo religioso, a falta de identidade crente, a perda de pertença a Igreja, a crise dos batizados nos contextos eclesiais, a fuga do sacramento do matrimônio por vergonha de manifestar a fé cristã, uma fé fraca... A catequese marca um momento central da História da Igreja. A catequese não só faz os cristãos, mas ajuda os fiéis a aprofundar a própria identidade.

Aconteceu a Lectio Divina do texto de Lc 24,13-35 conduzida pela Prof. Bruna Costacurta, diretora do departamento de Teologia Bíblica da Pontifícia Universidade Gregoriana.
Foram destacados cinco pontos:
1. O texto narra a descoberta do túmulo vazio. O dia 1 a luz faz uma analogia com o nosso domingo, uma ligação com o livro do Gênesis, o projeto divino da criação. Início dos novos tempos. A luz da ressurreição ilumina a vida.  Mas a luz ainda não é total. O sinal do túmulo vazio ainda é um mistério. A fé dos discípulos precisa de uma experiência íntima que toca o coração.
2. A partir da situação de todo um contexto inexplicável de procura: dois discípulos desconhecidos; se sabe pouco sobre eles, presenciaram acontecimentos dolorosos e misteriosos. Eles estavam às escuras, a luz pascal não tinha ainda os atingido.
3. Jesus se faz companheiro de caminhada. Jesus não aparece com respostas prontas, respeita o tempo deles, caminha com eles e aguarda o tempo certo para revelar-se.
4. A tristeza os cega, o anúncio e a catequese são importantes para abrir o coração, Jesus abre o coração, sua catequese inicia com uma pergunta, explicita a própria tristeza, é preciso responder com as escrituras. A catequese precisa das escrituras, pois aí estão as respostas.
5. Abrir-se ao encontro pessoal com Deus. Eles não queriam permanecer sozinhos porque já era tarde. Percebem o gosto da verdade, os olhos e o coração O percebem. Na fração do pão, na Eucaristia podemos reconhecer que Jesus é o ressuscitado. Ainda hoje existe violência, dor, porém o Reino está aí, Jesus ressuscitou e precisamos levar este anúncio como catequistas, sentindo os nossos corações arder. Esta é a importância da Nova Evangelização. Jesus é o mestre que educa a fé. Jesus tornou-se companheiro do caminho, permite que apresentem os problemas e manifestem suas dúvidas, o processo de conversão passa por todos os profetas. A Nova Evangelização deve revelar Jesus.

A primeira conferência foi conduzida pelo Dr. Petroc Willey, vice-diretor do Instituto Maryvale, com o tema Deus procura o homem e se revela. A Revelação é a fonte da catequese. Através da parusia, que significa falar tudo sem esconder nada, confiança filial. O Pai fala tudo sobre si. O Filho escolhe revelar o Pai. Deus se fez conhecer através da sua esposa; a Igreja. Como catequistas devemos lembrar que o ensinamento é de Jesus e não nosso. O catequista precisa ensinar algo que lhe foi revelado. Ensinar com simplicidade, clareza, coragem. Cristo ensina, o catequista é o porta voz de Cristo.

A segunda conferência foi proferida pelo Pe. Manuel José Jiménez Rodríguez,  Capelão da Universidade Nacional da Colômbia e Assessor do Departamento de Catequese da Conferência Episcopal Colombiana com o tema: Igreja primeiro lugar da fé. A fé é dom de Deus. A fé é ato pessoal. A Igreja transmite a fé. A fé é ato eclesial, a Igreja é a primeira que crê. A fé nasce da Igreja conduz e alimenta a fé pessoal. É preciso crer em Deus eclesialmente. Na Igreja cada crente se converte e conduz à Igreja, o encontro com  Cristo conduz a fé, que não é para ser guardada, mas testemunhada. A eclesialidade da fé é teológica e pedagógica. A pedagogia catequética deve ter a dimensão eclesial comunitária. Não há fé autêntica sem prática na Igreja, a comunidade é o lugar da fé.

**Pe. Eduardo Calandro, Pe.Jordélio Siles Ledo, css,  Pe.Guilherme Micheletti, Cleide Scucel, Maria Cristina Teles Nascimento, Michelly Fleming dos Santos.
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Roma, 27 de Setembro de 2013
Hoje foi um dia intenso e maravilhoso, pois no final do congresso tivemos a presença simples e afetuosa do Papa Francisco que nos trouxe uma mensagem de uma Igreja catequética itinerante, que não pode ter medo de ir às periferias, pois ali Deus está. Que  não deve se fechar, mas se colocar na estrada, preferindo correr o risco de acidentes, do que viver fechado, que pode conduzir a uma Igreja doente.

Com a conferência: “Memória Fidei”: O dinamismo do ato da fé (memória, evento, profecia) realizada pelo Prof. Pe. Pierangelo Sequeri, Presidente da Faculdade Teológica da Itália (Milão) nos foi apresentado que a memória Jesus é o primeiro e fundamental elemento constitutivo da memória fidei da Igreja, transmitida de geração em geração e anunciada em todos os cantos da terra: Na  confissão da fé, na celebração dos sacramentos,  no caminho das comunidades, na pregação. É impossível comunicar a fé cristã em Deus sem alargar a memória evangélica de Jesus e a memória apostólica da fé N’Ele. (DV 5-6)

Foram destacados alguns pontos:
1-  A memória Jesus como princípio e norma: a revelação como evento inclusivo da fé apostólica;
2- A memória fidei como argumento da lealdade intelectual e da coerência teológica da didaskalia;
3- A escritura evangélica como dispositivo metodológico da correlação da história de Jesus e o acesso à fé;
4- Memória, didaskalia, profecia. O exercício da esperança dos seus fiéis a cerca do evento de Deus na história.

A conferência proferida pelo Pe. Robert Dodaro, O.S.A., Presidente do Instituto Patrística Agostiniano da Pontifícia Universidade Lateranense, teve por tema “Traditio e Redditio Symboli”. O nosso sim a Deus. Nos fez refletir sobre a questão de como se pode pensar a tradição da Igreja com métodos e linguagens adaptados ao tempo e a cultura em que vivemos. Esta questão ilustra duas aplicações da antiga doutrina retórica grega e latina da propriedade lingüística como uma técnica sistematicamente empenhada pelos padres da Igreja.

No campo catequético é preciso adaptar o ensino da Igreja à condição atual das pessoas de hoje. Superando o estilo e o monopólio e influência retórica da mídia moderna que prevalece sobre a mensagem cristã. A  Igreja não precisa criar meios de comunicação para competir com a “mass mídia”, mas precisa conhecer a técnica e adaptar sua linguagem, anunciando a mensagem cristã. Somente assim se pode transmitir um ensino católico e comunicar com sucesso a imagem do Deus amor.

A conferência “Credibilidade da fé: O retorno da fé a razão da transmissão da fé”, proferida pelo Pe. Krzysztof Kauch docente de teologia fundamental de Lublino, Polônia. Nos apresentou  sua reflexão a partir de dois pontos. A relação entre fé, razão e ciência. A explicação do Papa João Paulo II sobre a crescente secularização. Não é a fé da Igreja que deve se adaptar ao hoje,  mas a cultura ocidental moderna que deve se renovar, que necessita de um novo espírito, uma nova esperança para sobreviver.

“Por uma Pedagogia do ato da fé” proferida pela Dra. Jem Sullivan, docente de catequética na Pontifícia Faculdade da Imaculada Conceição da Casa Dominicana de Estudos – Washington destacou que a catequese, enquanto comunicação da divina revelação, se inspira radicalmente na Pedagogia de Deus, de Cristo e da Igreja.

“Traditio Verbi: Harmonia entre Escritura, Tradição e Magistério” com o Pe. Alberto Franzini, pároco em Cremona, Itália. Nos apontou o tema da natureza da revelação nos seguintes tópicos:
1-  A natureza da revelação segundo a Dei Verbum;
2-  Revelação e Igreja
3-  Tradição e Escritura
4-  Igreja e Magistério

Com o Prof. Joel Molinário, teólogo e diretor do Instituto Superior de Pastoral Catequética de Paris, refletimos sobre o tema da “Acolhida do Catecismo da Igreja Católica na Catequese. Experiências e critérios para uma plena reinserção”. A partir do Concilio Vaticano II, do ano da fé e do Sínodo sobre a Nova Evangelização refletiu alguns pontos:
1- O CIC e o Vaticano II;
2- O CIC e o Ano da Fé;
3- O CIC  e a Nova Evangelização.

O professor Joel mal conseguiu terminar de proferir sua fala, pois o Papa Francisco apareceu no fundo da sala Paulo VI antes do horário previsto provocando uma grande agitação em toda assembléia, com jeito descontraído andou pelo corredor e cumprimentou a todos por mais de 25 minutos. Segue abaixo o seu discurso.

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO


Eu gosto desta idéia do Ano da Fé, um encontro para vocês, catequistas. Eu também sou catequista! A catequese é um dos pilares para a educação da fé, e é preciso bons catequistas! Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. Embora às vezes pode ser difícil, vocês trabalham demais, vocês se envolvem e nem sempre vêem os resultados desejados, o processo de educação na fé é lindo! É talvez o melhor legado que podemos deixar: a fé! Educar na fé, é importante porque você cresce. Ajudar as crianças,  jovens, adultos a conhecer e a amar o Senhor mais e mais. É preciso "Ser" catequistas! É vocação. Não é um trabalho que se espera algo em troca: isso não precisa! Eu trabalho como catequista, porque eu amo ensinar... Mas se você não é catequista, não é! Você não será frutífero, não pode ser frutífero! Catequista é uma vocação: "ser catequista", esta é a vocação, não funcionam como catequista. Lembre-se, eu não disse "fazer" os catequistas, mas o "ser", pois envolve a vida. Você dirige para o encontro com Cristo em suas palavras e vida, com o testemunho. Lembre-se que Bento XVI nos disse: "A Igreja não cresce por proselitismo. Ela cresce por atração ". E o que atrai testemunha. Ser catequista é dar testemunho da fé, ser coerente na sua vida. E isso não é fácil. Não é fácil! Nós ajudamos, nós dirigimos ao encontro com Cristo em suas palavras e vida, com o testemunho. Eu gostaria de lembrar que São Francisco de Assis disse a seus irmãos: "Pregar o Evangelho sempre e, se necessário, com as palavras." As palavras são..., mas antes o testemunho: que as pessoas vêem em nossas vidas do Evangelho, pode ler o Evangelho. E "ser" pede catequistas para amar, o amor mais forte e mais difícil de Cristo, o amor de seu povo santo. E este amor não pode ser comprado em lojas, não se  compra, aqui em Roma. Esse amor vem de Cristo! É um dom de Cristo! E se se trata de Cristo começa com Cristo e devemos recomeçar a partir de Cristo, por meio do amor que Ele nos dá, o que isso significa Partir de Cristo para os catequistas, para você, para mim, já que sou um catequista? O que isso significa?

Vou falar sobre três coisas: um, dois e três, como fizeram os antigos jesuítas... um, dois, três!
1. Primeiro de tudo, recomeçar a partir de Cristo significa estar familiarizado com Ele, ter essa familiaridade com Jesus: Jesus recomenda aos seus discípulos na Última Ceia, quando você começa a viver o maior dom do amor, do sacrifício da Cruz. Jesus usa a imagem da videira e dos ramos e diz permanecereis no meu amor, fique ligado em mim, como um ramo está ligado à videira. Se estivermos unidos a Ele, podemos dar frutos, e esta é a familiaridade com Cristo. Permanecer em Jesus! É um apegar a Ele, n'Ele, com Ele, falando com ele: permanece em Jesus.

A primeira coisa que um discípulo deve fazer, é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender com ele e isso é sempre, é uma jornada que dura a vida inteira. Lembro-me muitas vezes que na diocese que eu tinha antes, eu vi no final dos cursos muitos catequistas  que saíram dizendo: "Tenho o título de catequista". Isso não ajuda, você não tem nada, você fez uma pequena rua! Quem vai te ajudar? Isto é verdade para sempre! Não é um título, é uma atitude: para estar com Ele, e dura uma vida! É um ficar na presença do Senhor, que Ele olha eu pergunto: Como é a presença do Senhor? Quando você vai para o Senhor, olhe para o Tabernáculo, o que você faz? Sem palavras... Mas eu digo, eu digo, eu acho, eu medito, sinto-me... muito bemm! Mas deixe-se olhar pelo Senhor? Vejamos o olhar do Senhor. Ele olha para nós e esta é uma maneira de rezar. Você deixa-se olhar pelo Senhor? Mas como? Olhe para o Tabernáculo, e deixe-se olhar... é simples! É um pouco "chato, eu caio no sono... Dormindo, dormindo! Ele vai olhar para você mesmo. Mas você tem certeza de que Ele está vendo você! E isso é muito mais importante do que o título de catequista: é parte do Ser catequista. Isso aquece o meu coração, mantém o fogo da amizade com o Senhor, Ele faz você sentir que o Senhor realmente olha, está perto de você e te ama. Em uma das visitas que eu fiz, aqui em Roma, em uma missa, aproximou-se um homem, relativamente jovem, e me disse: “Papa, prazer em conhecê-lo, mas eu não acredito em nada! Eu não tenho o dom da fé”. Ele entendeu que era um presente. "Eu não tenho o dom da fé! O que ele me diz?". Respondi: "Não desanime. Ele ama você. Deixe-se olhar por Ele! Nada mais." E eu digo isso a vocês:  olhem para o Senhor! Eu entendo que para vocês não é tão fácil, especialmente para aqueles que são casados e têm filhos, é difícil encontrar um tempo para se acalmar. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer tudo da mesma forma, há variedade de vocações na Igreja e variedade de formas espirituais, o importante é encontrar uma forma adequada para estar com o Senhor , e isso pode ser, você pode em todos os estados de vida. Neste momento, todos podem perguntar: Como posso viver este "estar" com Jesus? Esta é uma pergunta que eu deixo para vocês: "Como posso viver e estar com Jesus, este permanecer em Jesus?". Tenho momentos em que eu vou ficar na sua presença, em silêncio, eu me deixei olhar por Ele? Ele é fogo que aquece o meu coração? Se em nossos corações há o calor de Deus, seu amor, sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, aquecer os corações dos outros? Pense sobre isso!

2. O segundo elemento está presente. Em segundo lugar, começar de novo a partir de Cristo significa  imitá-lo, ir ao encontro do outro. Esta é uma bela experiência, e um pouco algo de “paradoxal”. Por quê? Porque aqueles que colocam Cristo no centro de suas vidas, está fora do centro! Quanto mais você se junta a Jesus, Ele se torna o centro de sua vida, mais Ele faz você sair de si mesmo, você descentraliza e abre para os outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus! Deus é o centro, mas é sempre o dom de si, o relacionamento, a vida que se comunica... Também nos tornarmos assim, se permanecermos unidos a Cristo, Ele nos faz entrar nesta dinâmica de amor. Onde há vida verdadeira em Cristo, há abertura para o outro, não há nenhuma saída de si para chegar aos outros em nome de Cristo. E este é o trabalho do catequista: sair continuamente de si, vencer o amor-próprio, para dar testemunho de Jesus e sobre Jesus e pregar Jesus. Isto é importante porque é o Senhor: é o Senhor que nos leva a sair.

O coração do catequista sempre vive esse movimento de "sístole - diástole": a união com Jesus - o encontro com o outro. São duas coisas: eu me juntar a Jesus e ir para o encontro com os outros. Se pelo menos um desses dois movimentos já não bater, não conseguem viver. Recebe o dom do kerygma, e por sua vez, oferece um presente. Esta pequena palavra: presente. O catequista tem consciência de que recebeu um dom, o dom da fé e dá-la como um presente para os outros. E isso é lindo. É puro dom: o dom recebido é um presente enviado. E lá está o catequista, nesta intersecção de presente. É assim na própria natureza do querigma é um dom que gera missão, que sempre empurra para além de si. São Paulo disse: "O amor de Cristo nos impele", mas que "nos impele" também pode ser traduzida como "nós temos". É assim: o amor atrai e envia, leva-o a dá-lo aos outros. Nesta tensão move os corações de todos os cristãos, especialmente o coração do catequista. Todos nós perguntamos: é assim que meu coração bate: união com Jesus e de encontro com o outro? Com este movimento de "sístole e diástole"? Alimenta-se em um relacionamento com Ele, mas para trazê-lo para os outros e não sentir? Vou lhes dizer uma coisa: eu não entendo como um catequista pode permanecer estático, sem esse movimento. Eu não entendo!

3. E o terceiro elemento - três - é sempre nesta linha: começar de novo a partir de Cristo significa não ter medo de ir com ele nos subúrbios. Aqui lembro-me da história de Jonas, um número muito interessante, especialmente em nossos tempos de mudança e incerteza. Jonas era um homem piedoso, com uma vida tranquila, ordeira, e isso o leva a ter seus planos muito claros e julgar tudo e todos com esses esquemas, tão difícil. Tem tudo claro, a verdade é essa. É duro! Então, quando o Senhor o chama e diz para ele ir e pregar a Nínive, a grande cidade pagã, Jonas não se sente. Vá lá! Mas eu tenho toda a verdade aqui! Não sinto como... Nínive está fora de seus planos, fica nos arredores de seu mundo. E, em seguida, fugir, ele vai para a Espanha, ele foge, ele embarca em um navio que vai para lá. Vá ler o Livro de Jonas! É curto, mas é uma parábola muito informativa, principalmente para nós que estamos na Igreja.

O que nos ensina? Ela nos ensina a não ter medo de sair de nossos esquemas de seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além. Mas você sabe o porquê? Deus não tem medo!  Ele não tem medo! É sempre além dos nossos padrões! Deus não tem medo das periferias. Mas se você vai para as periferias, você vai encontrá-lo lá. Deus é sempre fiel, é criativo. Mas, por favor, não entendo um catequista, que não é criativo. E a criatividade é como o pilar do ser catequista. Deus é criativo, não é fechado, nunca é rígido. Deus não é rígido! Nos acolhe, vem até nós, nos entende. Para ser fiel, ser criativo, você tem que saber como mudar. Saber como mudar. E por que eu deveria mudar? E 'para ajustar-me às circunstâncias em que eu tenho que anunciar o Evangelho. Para ficar com Deus devo ser capaz de ir para fora, não tenha medo de ir para fora.  Um catequista sem dinamismo acaba sendo uma estátua de museu, e temos muitos! Temos tantos!Por favor, não queremos estátuas de museu!  Gostaria de saber algum de vocês querem ser estátuas de museu? Alguém tem esse desejo? [Catequistas: Não!] Não? Você tem certeza? Ok. Eu vou dizer agora o que eu já disse muitas vezes, mas é o que diz meu coração. Quando os cristãos estão presos no seu grupo, no seu movimento, em sua paróquia, em seu meio, estamos fechados e o que acontece conosco, acontece com tudo o que é fechado, e quando uma sala está fechada começa o cheiro de umidade. E se uma pessoa está trancada naquele quarto, fica doente! Quando um cristão está trancado em seu grupo na sua paróquia, em seu movimento, é fechado, fica doente. Se um cristão sai nas ruas, nas periferias, pode acontecer com ele o que acontece com uma pessoa que vai para a estrada: um acidente. Tantas vezes já vimos acidentes de trânsito. Mas eu lhes digo: Eu prefiro mil vezes uma Igreja que corre o risco de acidentes do que uma igreja doente! A Igreja, um catequista que tem a coragem de assumir o risco de ir para fora, e não de um catequista que estuda, sabe tudo, mas sempre fechado: este está doente. E às vezes a cabeça está doente...
Mas tenha cuidado! Jesus não diz: vá. Não, ele não disse isso! Jesus afirmou: Vai, Eu estou com vocês! Esta é a beleza e o que nos dá força se formos, se sairmos para anunciar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha conosco, diante de nós, - o digo em espanhol - não "primerea". O Senhor sempre lá "primerea"! Até agora você já aprendeu o significado desta palavra. E a Bíblia diz isso, eu digo que sim. A Bíblia diz que o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira. Por quê? Porque é a primeira flor que floresce na primavera. Ele é sempre "primeiro"! Ele é o primeiro! Isso é fundamental para nós, que Deus sempre nos precede! Quando pensamos em ir embora, em uma periferia distante, e talvez tenhamos um pouco de medo, da realidade, Ele já está lá: Jesus nos espera no coração do irmão em sua carne ferida em sua vida oprimida, em sua alma sem fé. Mas você sabe que uma das periferias que me faz sentir dor, eu tinha visto na diocese que eu estava antes? Uma das crianças que não sabe nem fazer o sinal da cruz. Em Buenos Aires há muitas crianças que não sabem fazer o sinal da cruz. Esta é uma periferia! Você tem que ir lá! E Jesus está lá esperando por você, para ajudar a criança a aprender a fazer o sinal da cruz. Ele sempre nos precede.

Caros catequistas, estes são os três pontos. Sempre recomeçar a partir de Cristo! Agradeço-lhe pelo que você faz, mas principalmente porque estamos na Igreja, o Povo de Deus a caminho, porque você anda com o povo de Deus permanece com Cristo - permanecer em Cristo - tentamos ser mais e mais um com Ele; segui-lo, imitá-lo em seu movimento de amor, em seu alcance para o homem, e nós saímos, abrimos as portas, temos a audácia de traçar novos caminhos para a proclamação do Evangelho.

Que o Senhor te abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe. Obrigado!
Maria é nossa Mãe,
Maria sempre nos conduz a Jesus!
Vamos fazer uma oração para o outro, a Nossa Senhora.
Em seguida todos rezamos a Ave Maria cada um em sua língua e o Papa nos deu a Bênção.

** Pe. Eduardo Calandro e  Pe. Jordélio Siles Ledo, css
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Roma, 28 de Setembro de 2013
Hoje o nosso dia teve início com a celebração da Eucaristia na Basílica de São Pedro presidida pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella nesta celebração fizemos nossa profissão de fé em comunhão com toda Igreja diante da Cátedra de Pedro. A última conferência realizada por Dom Javier Salinas Viñals bispo de Mallorca e membro do  Conselho Internacional da Catequese (Espanha), com o tema: A Diaconia da verdade como expressão da comunidade Eclesial. Sua fala inicial foi aplaudida com entusiasmo por todos  ao afirmar: “os catequistas são a expressão da missão da maternidade da Igreja.”

A busca e a crise da verdade: a expressão da verdade na sociedade marcada pelo relativismo.
A Diaconia da verdade: Os elementos fundamentais desta questão na ação eclesial:
1- A revelação fundamento da diaconia da verdade;
2- Cristo primazia e revelador da verdade, a verdade não é uma idéia, mas é uma Pessoa;
3- A fé como aceitação da verdade, a consciência da fé: Crer  não é uma opinião, nem um sentimento.

A tradição como transmissão da verdade revelada. A verdade da fé está unida no caminho da Igreja na história.
1- A necessidade de uma linguagem para a transmissão da verdade. A Igreja nossa mãe ensina a linguagem da fé;
2- O CIC a serviço da verdade. É uma regra segura para o ensino da fé;
3- A dimensão salvífica da diaconia da verdade. Por Cristo e em Cristo se ilumina o mistério do homem.

Os desafios para a diaconia da verdade:
1- Subjetivismos, relativismo, pluralismo, incerteza e dúvida. Acentua a dimensão verdade da fé e seu realismo;
2-  Fragmentação e individualismo. Emergência na história, na tradição e na vida da Igreja;
3- Desafios no confronto da tradição e concepção da verdade como fruto de uma elaboração unicamente humana. O primado da verdade;
4- Relevância pessoal e social da verdade. O evento de Cristo junto com o testemunho do crente, ilumina, inspira e inquieta.

O catequista como testemunha da verdade. O testemunho de vida é uma condição essencial para o serviço da verdade. A Igreja afirma o direito de servir o homem na sua totalidade, dizendo-lhe o que Deus revelou sobre o homem e sua realização, e ela deseja tornar presente aquele patrimônio imaterial, sem o qual a sociedade se desintegra, as cidades seriam arrasadas por seus próprios muros, abismos e barreiras. A Igreja tem o direito e o dever de manter acesa a chama da liberdade e da unidade do homem. (Papa Francisco aos bispos do Brasil)

Logo após o secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Octávio fez um breve resgate dos dias de congresso como síntese. No fechamento do dia nos animou a fala de Dom Rino, lembrando as palavras de Paulo VI quando estava elaborando a Envangelii Nuntiandi “quando for necessário, a Igreja deve instituir novos ministérios”, e afirmou: A catequese é um genuíno ministério na Igreja, o catequista exerce este ministério em nome da Igreja. À tarde os catequistas foram convidados para a Peregrinação ao tumulo de São Pedro. Aconteceu em várias Igrejas da cidade de Roma momentos de catequese por grupos linguísticos. Amanhã dia 29 teremos a missão de encerramento com o Santo Padre às 10h30.

** Pe. Eduardo Calandro e Pe. Jordélio Siles Ledo, css


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ENCONTRO DO PAPA FRANCISCO COM OS CATEQUISTAS



O Papa encontrou na tarde desta sexta-feira, 27  de setembro, na Sala Paulo VI, os participantes do Congresso Internacional sobre a Catequese organizado no âmbito do Ano da Fé. Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que "a catequese é um pilar para a educação da fé". "É preciso bons catequistas!", exclamou, agradecendo aos presentes por esse serviço "à Igreja e na Igreja". "Mesmo se por vezes pode ser difícil, há muito trabalha, se esforça e não se veem os resultados desejados, educar na fé é belo! Talvez seja a melhor herança que podemos dar: a fé! Educar na fé" para que cresça. Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens a conhecer e a amar sempre mais o Senhor é uma das aventuras educacionais mais bonitas, se constrói a Igreja! 'Ser' catequistas! Não trabalhar como catequistas, eh! – observou. Isso não serve! Eu trabalho como catequista porque gosto de ensinar... Mas se você não é catequista, não serve! Não será fecundo! Não será fecunda! "Catequista é uma vocação: 'ser catequista', essa é a vocação; não trabalhar como catequista. Vejam bem, não disse 'trabalhar como catequista, mas sê-lo', porque envolve a vida. E assim se conduz ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho".

 Francisco convidou a recordar aquilo que Bento XVI disse: "A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atração". "E aquilo que atrai – precisou o Papa – é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isso não é fácil! Não é fácil. Nós ajudamos, conduzimos ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho." Em seguida, recordou aquilo que São Francisco de Assis dizia a seus confrades: "Preguem sempre o Evangelho e se fosse necessário também com as palavras". Mas antes vem o testemunho: "que as pessoas vejam o Evangelho em nossa vida. E 'ser' catequistas requer amor, amor sempre mais forte a Cristo, amor a seu povo santo. E esse amor não se compra nas casas comerciais; não se compra nem mesmo aqui em Roma. Esse amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! É um presente de Cristo! E se vem de Cristo parte d'Ele e nós devemos partir novamente de Cristo, desse amor que Ele nos dá. O que significa esse partir novamente de Cristo, para um catequista, para vocês, também para mim, porque também eu sou um catequista? O que significa? 

O Papa respondeu com três coisas. Em primeiro lugar, partir novamente de Cristo significa ter familiaridade com Ele. Mas ter familiaridade com Jesus: Jesus o recomenda com insistência aos discípulos na Última Ceia, quando se aproxima a viver a doação mais alta de amor, o sacrifício da Cruz. Jesus utiliza a imagem da videira e dos ramos e diz: permaneçam em meu amor, permaneçam junto a mim, como os ramos na videira. "Se estivermos unidos a Ele – observou Francisco – podemos dar fruto, e essa é a familiaridade com Cristo. Permanecer em Jesus!" É um permanecer apegado a Ele, "com Ele, falando com Ele: mas, permanecer em Jesus". "A primeira coisa para um discípulo – prosseguiu – é estar com o Mestre, ouvi-lo, aprender d'Ele. E isso vale sempre, é um caminho que dura a vida inteira."

 O Papa contou um episódio: "Numa de minhas saídas, aqui em Roma, numa missa aproximou-se um senhor, relativamente jovem e me disse: 'Padre, prazer conhecê-lo, mas não creio em nada! Não tenho o dom da fé! Entendia que era um dom... 'Não tenho o dom da fé! O que me diz?' 'Não desanime. Cristo lhe quer bem. Deixe-se olhar pelo Senhor! Nada mais que isso'. E isso digo a vocês: deixem-se olhar pelo Senhor! – exortou o Santo Padre: "Entendo que para vocês não è tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de calma. Mas, graças a Deus, não é necessário fazer todos do mesmo modo; na Igreja há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isso se pode, é possível em qualquer estado de vida."

 O Papa acrescentou o segundo elemento: "partir novamente de Cristo significa imitá-lo no sair de si e ir ao encontro do outro. Essa é uma experiência bonita, e um pouco paradoxal. Por qual motivo? Porque quem coloca no centro da própria vida Cristo, se descentra! Quanto mais se une a Jesus e Ele se torna o centro da sua vida, mais Ele o faz sair de si mesmo, o descentra e abre você aos outros. "O coração do catequista vive sempre esse movimento de 'sistole – diastole': união com Jesus – encontro com o outro. Sistole – diastole. Se falta um desses dois movimentos, não bate mais, não pode viver." 

O terceiro elemento, que está sempre nessa linha: "partir novamente de Cristo significa não ter medo de ir com Ele às periferias". De fato, o Pontífice exortou a não ter medo de caminhar com Jesus às periferias: "Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista está tranqüilo acaba por tornar-se uma estátua de museu; se um catequista é rígido torna-se estéril. Pergunto-lhes: alguém de vocês quer ser covarde, estátua de museu ou estéril?" Francisco pediu criatividade e nenhum medo de sair dos próprios esquemas: isso caracteriza um catequista. Quando permanecemos fechados em nossos esquemas, nossos grupos, nossas paróquias, nossos movimentos – explicou – ocorre o que acontece a uma pessoa fechada em seu quarto: adoecemos. A certeza que deve acompanhar todo catequista – acrescentou Francisco é que Jesus caminha conosco, nos precede. "Quando pensamos ir longe, a uma periferia extrema, Jesus está lá.
REUNIÃO DOS COORDENADORES PAROQUIAIS DA PASTORAL BÍBLICO-CATEQUÉTICA DA REGIÃO PASTORAL DE JOSÉ BONIFÁCIO
20 DE SETEMBRO - SÃO JOSÉ, JOSÉ BONIFÁCIO

No dia 20 de setembro a Pastoral Bíblico-Catequética da região de José Bonifácio esteve reunida para mais uma reunião com os coordenadores paroquias, para o aprofundamento do Sulão e articulação da agenda regional. Este momento aconteceu na paróquia São José, em José Bonifácio, e contou com a presença dos catequistas Gisele (Sagrada Família), Regina e Tereza (São José), Lucilene (Ubarana), Juninho (Adolfo) e Rildo (Mendonça), além da presença do Padre Zezinho, assessor diocesano de catequese.

Houve partilha do dia a dia, iniciando-se a reunião com uma leitura orante do evangelho do dia justamente por chamar a atenção para o discipulado: foi um momento de muito silêncio e interiorização da Palavra. em seguida, deu-se continuidade ao estudo do VIII SULÃO de Catequese, refletindo o II Capitulo, que aponta a dimensão do ser profeta. Partilhou-se as dificuldades que encontramos em ser profeta nos dias atuais, o que nos chamou muito a atenção foi que o profeta não fala por si mas sim por Deus, somos enviados de Deus falamos por Ele e com Ele e para Ele, chamados a ser profetas, escolhidos e preparados por Deus para isso.

















Somos profetas que não trazemos milagres nem sinais maravilhosos, trazemos uma vida marcada do amor de Deus que é capaz de transformar; é o profeta que anuncia o tempo de um novo céu e uma nova terra, o fim da injustiça o inicia de um novo mundo o mundo do sonho de Deus. É a força da Palavra que faz o profeta anunciar, a Palavra que não falha a Palavra do Deus Fiel, o profeta sempre esta atento a Palavra de Deus, se inclina na escuta, se esvazia de si para se encher de Deus. Sabemos que não estamos sozinho é Ele quem nos leva e só nos levará até onde o seu amor nos alcança por isso que nos envia para além dos horizontes da vida que nos confia.

Conclui-se que ser profeta no tempo de hoje não é fácil como nunca foi, mas se faz necessário que surjam os profetas consagrados por Deus que anuncie seu amor pois não cabe apenas denunciar o erro: precisa-se que anuncie o amor de Deus. O catequista é aquele que é um profeta escondido, que mesmo a comunidade não assistindo seus trabalhos evangelizadores. ele esta lá sempre pronto a anunciar aquilo que está no mais íntimo de si, que é a Voz de Deus...

CATEQUISTA PROTAGONISTA DA FÉ, DO AMOR E DA ESPERANÇA....

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PASTORAL BÍBLICO-CATEQUÉTICA DA REGIÃO DE VOTUPORANGA

ENCONTRO DE FORMAÇÃO REGIONAL PARA CATEQUISTAS
22 DE SETEMBRO, AMÉRICO DE CAMPOS
TEMA: SACROSANCTUM CONCILIUM

Neste último domingo, das 07h30 às 11h, estiveram reunidos os catequistas da região pastoral de Votuporanga para mais um momento formativo, cujo tema foi "A Sagrada Liturgia", um dos documentos do Concílio Vaticano II. A manhã foi assessorada pelo Diácono Roberto Bocalete, que trabalho o tema destacando a PARTICIPAÇÃO  na Liturgia, a importância da dimensão mistagógica e a centralidade do mistério pascal proposta pela Sacrosanctum Concilium.

"“É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgicas que a própria natureza da Liturgia exige e que é, por força do Batismo, um direito e um dever do povo cristão, ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido’ (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5). Na reforma e incremento da sagrada Liturgia, deve dar-se a maior atenção a esta plena e ativa participação de todo o povo” (SC 14).


 


A manhã foi saborosa e produtiva, com participação dos catequistas, que rezaram, partilharam suas dúvidas, foram bem acolhidos pelos catequistas da Paróquia de Cosmorama, que preparam um café e lanchinho aos presentes.
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ENCONTRÃO DOS CRISMANDOS
01 DE SETEMBRO, VOTUPORANGA, PARÓQUIA SANTA LUZIA
TEMA: A VOCAÇÃO AOS DISCIPULADO

No início do mês de setembro, aconteceu na paróquia Santa Luzia, em Votuporanga, o encontro com os crismandos de primeira e segunda etapa da cidade de Votuporanga. Cerca de 400 crismandos estiveram presentes e meditaram sobre nossa vocação aos discipulado, tema do encontrão.



Iniciamos a manhã com o café, seguido da oração. O tema foi refletido pelo diácono Roberto Bocalete, que com a dinâmica do abrir os olhos, os ouvidos, a boca e desatar o que nos amarra a as mãos, explicou para os crismandos o caminho para ser discipulo: O termo discipulado designa a dinâmica processual e transformadora que abarca todas as dimensões da realidade humana e todo o arco da existência, com o objetivo de assimilar os ensinamentos de Jesus e tornar-se semelhante a ele, dando continuidade seu projeto. O discipulado expressa a relação vital entre a pessoa do discípulo e o mestre Jesus.





Depois da reflexão, os crismandos foram divididos em grupos e fizeram a experiência da vivência com o tema do discipulado, que tinha como objetivo favorecer a experiência do discipulado autêntico, partindo da necessidade de sempre nos colocarmos a caminho, buscando o brilho da existência em Deus, mesmo quando ficamos cegos em alguns momentos de nossa vida. Para isso, foi destacada a pessoa de Jesus e seu projeto de “dar visão” como proposta para cada um dos presentes.



















O encontro também contou com a presença da Pastoral Vocacional regional, que fez um momento de reflexão, colocando-se disponíveis para contribuir no discernimento vocacional de nossos futuros crismados. Foi uma manhã fecunda, bem avaliada, que contou com o envolvimento de diversos catequistas, equipe de música, com a presença de alguns padres e diáconos, seminarista e muita alegria dos crismandos presentes.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ESCOLA BÍBLICO-CATEQUÉTICA (EBICAT)
MÓDULO CENTRAL DE ECLESIOLOGIA
CASA DO CLERO: DE 13 A 15 DE SETEMBRO DE 2013

MOMENTO DE ESPIRITUALIDADE: ECLESIOLOGIA DAS COMUNIDADES PAULINAS

Estiveram reunidos, na Casa do Clero, cerca de 90 alunos (Turma V e Turma VI) da Escola Bíblico-Catequética da Diocese de São José do Rio Preto para o módulo central da Escola com o tema ECLESIOLOGIA e CATEQUESE. Iniciamos nossas atividades na sexta-feira, dia 13 de setembro, com o momento de espiritualidade, em que os catequistas fizeram a experiência de pertencer a uma das comunidades paulinas, conversar sobre seus conflitos e alegrias, meditar a eclesiologia da comunidade a partir de um texto bíblico. Depois houve uma reunião de comunidades em que foi partilhada a essência de cada comunidade paulina; depois as comunidades voltaram a se reunir, trouxeram presente a vidas das demais comunidade e rezaram juntas. Foi uma introdução ao módulo bem vivida pelos catequistas.




ORAÇÃO DA MANHÃ: IGREJA SACRAMENTO

No sábado, iniciamos nossa manhã com o café e em seguida fizemos nossa oração, meditando a importância de permanecermos unidos a Jesus para produzirmos frutos. Rezamos e meditamos a Igreja como sacramento de salvação, instrumento que nos conduz a Deus e local privilegiado da experiência de fé.




AULA DO MÓDULO: ECLESIOLOGIA

Durante todo sábado os catequistas tiveram a aula do módulo, sendo professores o Diácono Roberto e a Ir. Rosângela. No período da manhã foi refletida a essência, origem, fundamento e importância da Igreja; os paradigmas eclesiológicos; a Igreja sonhada por Jesus nos Evangelhos; a Igreja Primitiva; A eclesiologia paulina; e também as propriedades da Igreja una, santa, católica e apostólica, sendo concluída a manhã com a reflexão de algumas perguntas importantes de serem meditadas. No período da tarde, meditaram sobre o Concílio Vaticano II, Os CELAMs, com ênfase em Aparecida, meditando a eclesiologia do Lumem Gentium e a importância do sacramento do batismo na vida do cristão!





REUNIÃO DAS COORDENAÇÕES DA PASTORAL BÍBLICO-CATEQUÉTICA DO SUB-REGIONAL RIBEIRÃO PRETO II

A reunião foi iniciada com a oração, fortalecendo o trabalho das coordenações diocesanas, animada mais uma vez a resposta para caminhar como discípulo e missionário. A formação foi assessorada pela Ir. Rosangela, que refletiu o “ver” do ministério do catequista, questionando, o que é ministério? Disse que os ministérios surgiram a partir das prioridades, de formarem pessoas, comunidades, sociedade... E que são instituídos a partir da formação destinada a tal necessidade. E diríamos que o ministério é dado a alguém que a comunidade confia para desenvolver tal atividade, seja como da Palavra, eucaristia, exéquias, celebrações... e é direcionada a jovens e adultos envolvidos com suas comunidades. Alertou também que devemos fazer acontecer uma Igreja ministerial que é ser sinal de Jesus Cristo no mundo, exercendo e vivenciando.
 Além das coordenações diocesanas tivemos nesta reunião a presença pela primeira vez do assessor da diocese de Catanduva Pe Marcelo, e também da diocese de São José do Rio Preto, Pe Zezinho. O símbolo do Ano da fé foi entregue pelos membros da diocese de Barretos à diocese de Jales, que ficará com ele até 23 de Novembro, para ser entregue a diocese de São José do Rio Preto.  As reuniões do Sub Regional RPII são sempre um encontro muito bom, de animação, caminhada em sintonia e partilha.



MOMENTO METODOLÓGICO: A CATEQUESE NA PASTORAL ORGÂNICA

Na noite do sábado, como de costume, foi trabalhado o momento metodológico, tendo como referência um texto de Terezinha Cruz, que trabalha a catequese na Pastoral Orgânica, destacando que sua meta, objetivo e local é formar para a comunidade, sendo a catequese um instrumento para uma eclesiologia de unidade, de comunhão e participação, testemunho e discipulado.



VIVÊNCIAS DO MÓDULO

No domingo, pela manhã, tivemos a experiência das vivências, que trabalharam a catequese na construção da eclesiologia, como ministério de iniciação à vida cristã; a eclesiologia da Igreja Primitiva e a eclesiologia do Concílio Vaticano II e Documento de Aparecida.

HISTÓRIA DA CATEQUESE: DO CATECUMENATO A INSPIRAÇÃO CATECUMENAL

A vivência teve como objetivo favorecer aos catequistas um momento de reflexão e vivência do processo histórico da Catequese e destacar que, fazendo parte da história hoje, somos convidados a nos sintonizar com a Igreja e fazer com que a inspiração catecumenal permeie nossa ação catequética, formando assim, verdadeiros discípulos.





IGREJA PRIMITIVA: IMPLICAÇÕES PRÁTICAS E IDENTIDADE CRISTÃ

O objetivo da vivência foi o de favorecer aos catequistas uma reflexão sobre as Primeiras comunidades, destacando suas características e o processo de construção da identidade cristã. Juntamente com a reflexão, evidenciar momentos vivenciais de oração, ensinamento e comunhão fraterna, orientando os interlocutores a “retornar as fontes” para que no cotidiano assimilem características tão importantes da Igreja Primitiva.





IGREJA DO DISCIPULADO E DA MISSIONARIEDADE

Com esta vivência, os catequistas compreenderam de modo experiência que a Igreja que nasce do batismo como sinal de adesão e pertença a Deus, se fundamenta no envio de Jesus Cristo para ser discípulo e missionário, e age de forma comprometida e ministerial na ação do Povo de Deus. Foi destacado nessa vivência a Igreja discipula-missionária de nosso tempo, que é fruto do desejo de Jesus Cristo de que testemunhemos com a própria vida nossa experiência de fé e amor, formando outros discípulos...







CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

Logo após as vivências, celebramos a Missa presidida pelo assessor diocesano da Pastoral Bíblico-Catequética, padre Zezinho, que esteve presente no sábado, o dia todo na Escola e também almoçou com os catequistas no domingo. Concluímos o módulo com a avaliação e a oração final!